quarta-feira, 15 de março de 2017



Anita Malfatti: 100 Anos de Arte Moderna

Dezembro de 1917, a primeira mostra reconhecida como moderna realizada no Brasil foi aberta, contemplando obras na individual de Anita Malfatti. Cem anos depois da exposição que mudou os rumos da história da arte no país, o Museu de Arte Moderna de São Paulo - MAM inaugura no dia 7 de fevereiro a Anita Malfatti: 100 Anos de Arte Moderna. Com curadoria de Regina Teixeira de Barros, a mostra conta com 70 obras, entre desenhos e pinturas, que, ao lado de documentos e fotografias da época, contam a evolução do trabalho de Anita.

A exposição é dividida em três partes, cada qual representando uma fase da carreira da artista. Os momentos bem definidos consagram o estopim do modernismo brasileiro, os estudos em Paris e a produção naturalista, e as pinturas com temáticas populares, respectivamente. Obras como O farol (1915) (foto acima), Uma estudante (1915/16), Tropical (c.1916), O homem de sete cores (1915/16), Vista do Fort Antoine em Mônaco (c. 1925) e Liliana Maria (1935-1937) estão presentes na Anita Malfatti: 100 Anos de Arte Moderna. A exposição fica em cartaz até 30 de abril.

Informações:

Anita Malfatti: 100 Anos de Arte Moderna

Data: de 7 de fevereiro até 30 de abril de 2017

Local: Museu de Arte Moderna de São Paulo – Grande Sala

Endereço: Av. Pedro Álvares Cabral, s/nº – Parque Ibirapuera   
           
Tel: (11) 5085-1318          

Horário: terça a domingo, das 10h às 17h30 (com permanência até as 18h)

Preço: R$ 6,00 – gratuita aos sábados

mam.org.br


quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

NOVAS TECNOLOGIAS NO ENSINO DE GEOGRAFIA

NOVAS TECNOLOGIAS NO ENSINO DE GEOGRAFIA

ESTRATÉGIAS DE ENSINO

O uso de tecnologias no ensino de Geografia é um dos principais desafios para os professores dessa disciplina.

Vivemos, na era atual do sistema capitalista, o contexto socioespacial que o sociólogo Manuel Castells denominou por sociedade da informação, em que a promoção das novas tecnologias permite a rápida disseminação de notícias e informes sobre acontecimentos, descobertas científicas, fenômenos naturais e outros. Nesse sentido, o professor de Geografia encontra novos e importantes desafios para relacionar com as suas aulas de forma eficiente, angariando a atenção dos seus alunos e promovendo um clima positivo de aprendizado.

Em tempos recentes, o acesso à informação vem se tornando gradativamente mais simples, em uma dinâmica que faz cair por terra a figura do professor como detentor do saber e do aluno como o ser desprovido do saber. A depender do tema e da curiosidade do aluno para obter respostas sobre as mais diversas dúvidas, ele pode ter tantas informações sobre um assunto qualquer quanto o professor.
Yves Lacoste, em seu livro escrito ainda na década de 1970, já alertava para essa questão. O geógrafo francês afirmava que:

sem dúvida, no caso da geografia, a relação pedagógica veio a ser transformada, pois o mestre não tem mais, como outrora e como ainda acontece com outras disciplinas, o monopólio da informação. (…) Hoje, mestre e alunos recebem ao mesmo tempo, simultaneamente com as atualidades, uma massa de informações geográficas, caóticas. Geografia em pedaços, o ocasional, o espetacular, sem dúvida, mas geografia de qualquer forma ¹.

Nesse sentido, no âmbito da sociedade da informação e na construção do meio técnico-científico-informacional, conforme já apontava Milton Santos, o professor se vê inserido em um ambiente em que muitas informações e dados sobre os mais diversos processos e fenômenos são disseminados no espaço da sociedade. Por isso, mais do que oferecer conteúdos escolares para os seus alunos, o professor de Geografia tem a missão de auxiliá-los na absorção e na reflexão crítica de toda essa massa de informações que lhes chega todos os dias.

Ainda segundo as observações de Lacoste, a obtenção de conhecimentos geográficos ocorre de maneira caótica, havendo um volume muito grande de informações não devidamente organizado. Isso, de certa forma, está no cerne da questão da diferença entre o conhecimento e a informação, pois o primeiro é a sistematização e ordenamento do segundo, de forma a ligar os diferentes aspectos da realidade crítica, equilibrada e contextualizadamente.

Nesse sentido, qual é o papel do professor de Geografia na era tecnológica?

O papel do professor de Geografia é de orientar esse acesso ao conhecimento, organizando os conteúdos e atuando mais como um facilitador do aprendizado do que o um fornecedor de conhecimento.Para aplicar esse objetivo, o professor, além de ministrar as suas aulas, deve pedir para que os estudantes realizem frequentes pesquisas rápidas, guiando-os por meio de questionamentos que os levem à curiosidade e fornecendo palavras-chave para serem utilizadas em sites de busca. Além disso, o uso da internet e de tecnologias da informação em sala de aula – desde que de forma racional e sem excessos – também pode ser um importante trunfo para demonstrar a inserção dos conhecimentos geográficos no mundo cotidiano do estudante.

¹ Notas:
LACOSTE, Y. A Geografia: isso serve, em primeiro lugar, para fazer a guerra. 18ª ed. Campinas, Papirus, 2010. p.91.




terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

ONZE EQUÍVOCOS COMUNS ENTRE OS PROFESSORES DE GEOGRAFIA

ONZE EQUÍVOCOS COMUNS ENTRE OS PROFESSORES DE GEOGRAFIA

ESTRATÉGIAS DE ENSINO

Alguns dos erros comuns entre os professores de Geografia podem ser evitados desde que existam um reconhecimento e uma autocrítica por parte dos docentes.
Todos os profissionais estão sujeitos a erros e, com os professores, não é diferente. Portanto, a grande virtude de um profissional da área da educação não é a infalibilidade, mas a capacidade de procurar e reconhecer os próprios erros e dificuldades de modo a evitá-los e, assim, tornar-se cada dia melhor naquilo que faz.
O objetivo deste texto não é o de apontar erros como se fossem um defeito grave, mas sim o de enumerar os principais problemas dos professores de Geografia para que os educadores dessa importante área do conhecimento possam aperfeiçoar-se.
Confira, a seguir, os onze erros mais comuns cometidos entre os professores de Geografia:

1)    Não esclarecer o conceito da Geografia e seus objetivos

Não são poucos os mitos e enganos sobre o que é, especificamente, a Geografia. É claro que essa questão não possui uma definição única e precisa, haja vista que é amplamente debatida pelos principais pensadores da área e, eventualmente, redefinida. No entanto, cabe sempre ao professor de Geografia o esclarecimento sobre o que é a Geografia e o que ela estuda e, por extensão, o que ela não é e o que ela não estuda.
O grande erro dos professores de Geografia é realizar essa tarefa em apenas uma aula, durante um período específico do ano. Sempre que possível e necessário, é preciso lembrar aos alunos que a Geografia é a ciência que estuda o espaço geográfico, que aborda os seus aspectos naturais e humanos e que se baseia em importantes conceitos, como o de paisagem, espaço, lugar, região, território e muitos outros.
Não são raros os estudantes que se perguntam: como pode uma mesma disciplina estudar, por exemplo, as configurações geopolíticas do planeta e, ao mesmo tempo, as dinâmicas das formas de relevo? Para o professor de Geografia, cabe a missão de explicar que esses temas fazem parte de um mesmo conjunto socioespacial que está diretamente relacionado com as práticas humanas.

2) Não contextualizar informações e conceitos

Esse não é um erro exclusivo dos professores de Geografia, mas de várias áreas do conhecimento. É amplamente sabido que um conceito ou tema qualquer, explicado de forma isolada, é muito mais dificilmente compreendido do que se a sua explicação fosse realizada a partir de um contexto.
O aluno consegue assimilar melhor um determinado assunto quando ele vê que aquele conhecimento não foi apresentado em sala de aula de forma aleatória, mas que existem debates e discussões sobre esse tema. Então, antes de introduzir uma determinada matéria ou até um conceito muito específico, é bom apresentar uma contextualização, que pode ser uma matéria de jornal, um artigo de opinião, uma reportagem na TV ou até a fala do próprio professor sobre uma história, uma curiosidade, entre outras inúmeras opções.

3) Colocar os alunos para decorar as capitais dos estados e dos países

É verdade que esse procedimento é realizado cada vez mais raramente, mas ainda ocorre. Um professor não deve colocar os seus alunos para decorar aleatoriamente as capitais de países, o que se relaciona, diretamente, com o item anterior. Afinal, essa metodologia para ensinar um conhecimento, que é até eventualmente útil, apresenta-se de forma mecânica e descontextualizada.
Mais do que decorar quais são as capitais dos países e dos estados brasileiros, é importante ensiná-las de forma transversal, ou seja, ao longo dos diferentes temas. Por exemplo, quando estudamos os aspectos regionais da região Nordeste, apresentamos as capitais dos estados dessa região de maneira interligada com as demais características, o que pode gerar um maior aprendizado.

4) Esvaziar a crítica dos temas ou se limitar a criticar

Embora exista certa polêmica sobre uma possível doutrinação dos professores de Geografia em sala de aula, é errado pensar que os conteúdos devam ser trabalhados sem uma análise crítica dos fatos, o que inclui a abordagem de todas as críticas existentes sobre um determinado aspecto da realidade. Afinal, a própria crítica serve como aprendizado, pois alimenta a contextualização defendida no item 2.
Outro problema, no entanto, estabelece-se quando o professor aborda um determinado assunto somente a partir da sua crítica, privando os alunos de conceitos básicos. Um exemplo clássico: aulas sobre as disputas árabe-israelenses sem o devido aproveitamento das informações sociais e naturais da região, apenas com a opinião do professor ou com as críticas existentes sobre o caso.
Portanto, é preciso encontrar um meio-termo entre a aula não crítica e a aula somente crítica.

5) Realizar críticas e opiniões sem conhecimento ou propriedade sobre os assuntos

Ainda sobre a questão da crítica na Geografia, é importante considerar um fato: o professor não deve opinar ou realizar críticas sobre qualquer coisa se não possuir propriedade para tal. Em alguns casos, cabe mais a humildade do “não saber” do que a arrogância do “achar que sabe” para realizar considerações opinativas perante os estudantes.
Um dos erros mais comuns dos professores de Geografia é não resistir a opiniões fáceis, geralmente vinculadas ao senso comum e amplamente difundidas, mas, muitas vezes, enganosas ou reducionistas. É claro que o professor não precisa ser um “pós-doutor” sobre tudo aquilo que deseja opinar, mas é importante o mínimo de conhecimento para evitar enganos.
Aliás, uma das missões dos professores – principalmente em Ciências Humanas – é combater, entre os alunos, a difusão do senso comum, pois a maioria da população se pauta em informações vinculadas a esse tipo de saber, gerando uma série de problemas para a sociedade. Pode até dar trabalho, mas estar “por dentro dos fatos” é muito importante.

6) Trabalhar a produção e a leitura de mapas sem conteúdos e significados

Os temas de Cartografia, como se sabe, são bastante importantes para a Geografia. No entanto, alguns professores e muitos livros didáticos cometem o erro de trabalhar os mapas e os seus elementos de maneira descontextualizada. Mais do que aprender sobre os mapas, é preciso saber o que eles estão dizendo, pois o conteúdo e o significado, sem dúvidas, auxiliam uma correta leitura.

7) Não direcionar a aplicabilidade prática dos conteúdos

Em muitos casos, mais do que apresentar o contexto ou o significado de determinados assuntos e temas, os professores de Geografia precisam também demonstrar a aplicabilidade prática de alguns acontecimentos ou o porquê devemos apreendê-los. Isso não é, em muitas situações, uma tarefa fácil, mas é altamente necessária, tornando-se, assim, um desafio para quem ensina.
Muitos estudantes perguntam-se, por exemplo: “por que eu preciso estudar placas tectônicas?” Assim, nesse caso, o professor precisa esclarecer que o conhecimento sobre as placas tectônicas ajuda-nos a entender como se formam as cadeias montanhosas, por que acontecem terremotos e vulcanismos, além de explicar algumas diferenciações no relevo que interferem na nossa vivência direta.

8) Não utilizar mapas para espacializar as discussões

Se não apresentar conteúdos e conhecimentos relevantes durante o ensino de Cartografia é um erro, o mesmo pode ser dito em não apresentar mapas para espacializar os temas abordados em sala de aula. Os estudantes, quase sempre, precisam saber e entender corretamente a localização de um acontecimento para compreender melhor o que está sendo explicado.
Por exemplo: o professor afirma que o Oriente Médio é uma região onde existem muitos conflitos territoriais, políticos e também envolvendo recursos naturais, notadamente a água e o petróleo. Ao ouvir essas informações, o aluno pode perguntar-se: “Onde está o Oriente Médio?” Assim, utilizar mapas temáticos para esclarecer os diferentes pontos desse e de outros assuntos pode facilitar o aprendizado no sentido de diminuir o caráter abstrato que os conteúdos podem eventualmente adquirir.

9) Desvincular totalmente a Geografia Física da Geografia Humana

Para fins didáticos, é comum haver a separação entre a Geografia Física e a Geografia Humana no processo de ensino e aprendizagem. Até o currículo escolar, muitas vezes, apresenta essa característica. Mas isso não quer dizer que essas áreas estejam desconectadas ou, mais precisamente, que os saberes abordados por elas não estejam interligados.
A Geografia, afinal de contas, estuda, entre outras coisas, a relação entre sociedade e natureza, de modo que é impensável acreditar que os elementos antrópicos estejam desconexos dos elementos humanos. Assim, sempre que possível, o professor deve enfatizar essa complexa e abrangente relação.

10) Ignorar temas e acontecimentos atuais

O professor de Geografia não deve ignorar, em suas aulas, acontecimentos atuais, pois a realidade social é muito dinâmica. Assim, notícias e fatos – amplamente noticiados ou não – precisam ser abordados durante as aulas, nem que isso aconteça apenas de maneira introdutória. É bom também, por outro lado, que o professor consiga um equilíbrio, pois o excesso de comentários sobre notícias a acontecimentos pode atrapalhar o andamento das aulas e o atendimento do currículo escolar.
Além do mais, ao planejar uma aula sobre qualquer assunto, é bom que se pesquise a respeito de descobertas científicas ou acontecimentos recentes, pois isso pode auxiliar, mais uma vez, na contextualização defendida no item 2.

11) Ignorar fatores históricos e conhecimentos de outras disciplinas

Nos tempos atuais, a busca pela interdisciplinaridade é constante, muito embora a formação de professores e o processo de constituição das ciências apresentem limitações quanto a isso. Assim, é preciso que o professor de Geografia busque, ao máximo, romper com barreiras interdisciplinares existentes.
Nesse sentido, é importante apresentar os contextos e acontecimentos históricos de determinados assuntos, além de, ao menos, relacionar determinados temas e conceitos com conteúdos de outras disciplinas.
Esperamos que, com essa lista dos onze erros mais comuns entre os professores de Geografia, possamos contribuir para o aperfeiçoamento da prática docente dos profissionais dessa área. É claro que, em muitos casos, as falhas não são de responsabilidade exclusiva dos professores, haja vista que a falta de estrutura de algumas escolas, a má gestão ou a excessiva carga horária precarizam o trabalho docente. De toda forma, temos que considerar as nossas limitações – pessoais ou estruturais – como um desafio para melhorar não só o desempenho nas salas de aula, mas a educação em si.

Por Me. Rodolfo Alves Pena



EXPOSIÇÃO TESOUROS PAULISTAS



EXPOSIÇÃO TESOUROS PAULISTAS
Coleção de arte dos Palácios do Governo do Estado de São Paulo

L - Livre para todos os públicos

O Acervo Artístico-Cultural dos Palácios do Governo do Estado de São Paulo apresenta um panorama  eclético, tanto do ponto de vista da diversidade de tipologias quanto de escolas artísticas. O conjunto apresentado na Galeria de Arte do SESI-SP reúne mobiliário, louçaria, prataria, tapeçaria, pintura e escultura, com destaque para alguns ícones da História da Arte brasileira, do período colonial ao Modernismo, com obras produzidas até a década de 1970. A seleção inédita traz peças do cotidiano dos Palácios dos Bandeirantes (São Paulo) e Boa Vista (Campos do Jordão).

Dividida em três núcleos temáticos – Memória das Coleções; O objeto como crônica de costumes e A figura como expressão –, a exposição apresenta 322 obras, algumas reconhecidas por instituições internacionais, como é o caso do Museu de Arte Moderna (MoMA). Prestigiado, o museu nova-iorquino já fechou um acordo para que os quadros de Tarsila do Amaral, que estarão expostos primeiramente na exposição Tesouros Paulistas, sigam para uma temporada em solo norte-americano em 2018.

Outro destaque da mostra é a série de 100 pinturas do artista pernambucano José Cláudio da Silva. As telas são resultado de uma expedição à região amazônica, liderada pelo zoólogo e compositor brasileiro Paulo Vanzolini, em 1975. Durante a viagem, o pintor retratou o dia a dia dos povos ribeirinhos e as paisagens exuberantes da região. Durante a visita, será possível ouvir os detalhes da viagem e curiosidades da produção das telas expostas contados em áudio pelo próprio artista.

Elencamos alguns ícones da história da arte brasileira presentes na exposição: Aldemir Martins, Aleijadinho, Alfredo Volpi, Anita Malfatti, Antonio Gomide, Antonio Rocco, Arnaldo Pedroso D’Horta, Bonadei, Bruno Giorgi, Caciporé Torres, Candido Portinari, Cícero Dias, Claudio Tozzi, Clóvis Graciano, Danilo Di Prete, Darel, Di Cavalcanti, Djanira, Eliseu Visconti, Flávio de Carvalho, Francisco Rebolo, Francisco Vieira Servas, Frei Agostinho de Jesus, Fulvio Pennacchi, Galileo Emendabili, Ismael Nery, Jaime Fonseca Rodrigues, Joaquim Machado de Castro, John Graz, José Cláudio, José Pancetti, Lívio Abramo, Manoel da Costa Ataíde, Marcelo Grassmann, Maria Leontina, Mário Gruber, Mestre Valentim, Nicola de Corsi, Oswaldo Goeldi, Regina Graz, Rossi Osir, Samson Flexor, Tarsila do Amaral, Tomás Santa Rosa, Tomie Ohtake, Vicente do Rego Monteiro, Victor Brecheret e Wesley Duke Lee.

Sobre o Acervo de arte dos Palácios do Governo do Estado de São Paulo

O acervo de arte dos Palácios do Governo do Estado de São Paulo reúne peças que acompanham a história dos edifícios, desde a primeira sede de governo, no Pateo do Collegio (1765 a 1932), aos palácios dos Campos Elíseos (1911 a 1965), do Horto (1949 a 2012), dos Bandeirantes e Boa Vista (ambos desde 1964).

Centro Cultural Fiesp
Galeria de Arte do Sesi-SP
av. Paulista. 1.313 - em frente à estação de Trianon-Masp do Metrô
13 de dezembro de 2016 a
28 de fevereiro de 2017
Todos os dias, das 10h às 20h
entrada permitida até às 19h40
Gratuito

VÍDEO INTERESSANTE PARA DISCUSSÃO SOBRE A AMÉRICA


sexta-feira, 11 de novembro de 2016

ÁFRICA – CINEMA E REVOLUÇÃO



ÁFRICA – CINEMA E REVOLUÇÃO

Projeto em comemoração aos quarenta anos da independência de Moçambique e Angola. Reúne documentários e ficções realizados nos dois países em 28 sessões, além de debates e palestras com pesquisadores, curadores e cineastas.

Data: 10/11/2016 a 23/11/2016

Horário: consulte programação
Horário da Bilheteria: diariamente, a partir das 11h
Local: Caixa Belas Artes - Rua da Consolação, 2423
Entrada: www.caixabelasartes.com.br 
Valor do Ingresso: R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia) 

quarta-feira, 28 de setembro de 2016

EXPOSIÇÃO DO FOTÓGRAFO DAVID ZINGG



EXPOSIÇÃO DO FOTÓGRAFO DAVID ZINGG

Em 1959, o norte-americano David Drew Zingg (1923-2000) veio ao Brasil como parte de um seleto time de profissionais contratados pela editora Abril com a missão de elevar a qualidade da reportagem fotográfica no país. Desembarcou no Rio de Janeiro e, entre idas e vindas entre a cidade e Nova York, acabou se fixando por aqui no final de 1964.

Mais de 20 anos depois, já vivendo em São Paulo, Zingg se aproximou de um jornalista da "Folha de S. Paulo" durante uma festa e disse: "Meu sonho é trabalhar no 'Notícias Populares', que tem a melhor edição de fotografia da imprensa brasileira." Tão controverso quanto popular, o extinto "NP", conhecido pelo bordão "espreme que sai sangue", era o jornal mais vendido em bancas, editado pelo grupo Folha.

Fotógrafo badalado, que já havia passado por veículos como "Life", "Esquire" e "Vogue", além das principais revistas e jornais nacionais, a afirmação de Zingg poderia ter soado só como uma brincadeira durante uma festa, não fosse verdade. Parte da produção das cerca de 20 reportagens que fez no "NP", durante três meses de 1986, estão na exposição "David Zingg no Notícias Populares", em cartaz no MIS de 27 de setembro a 4 de novembro.

Com curadoria de Leão Serva, o então repórter da "Folha" abordado na festa e hoje colunista do jornal, as imagens trazem temas típicos da imprensa popular como a vida sofrida em bairros pobres da periferia, as superstições populares, mulheres em poses sensuais, que o jornal publicava em suas capas, e os preparativos para a Copa do Mundo no México. Além de 35 fotos, a mostra exibe capas e matérias do "NP" com fotos feitas por Zingg.

No curto período, o fotógrafo levou ao jornal sua marca: fotografou artistas como Odair Cabeça de Poeta e o jovem Bené Fonteles, um dos destaques da Bienal deste ano, fazendo uma pajelança nas ruas de São Paulo. Zingg também escreveu para o jornal a nota sobre a chegada ao Brasil do cantor Tony Bennett, que conhecia dos EUA e fez para a Folha a foto de Caetano Veloso segurando um retrato de João Gilberto, dos anos 1960.

A mostra é ainda uma oportunidade de conhecer um pouco mais da história do americano, verdadeiro personagem da crônica social paulistana que, além de fotografar, participava de shows do grupo Joelho de Porco, frequentava eventos sempre cercado de amigos, viajava, escrevia para revistas e se divertia.

Zingg também foi consultor e cronista da "Folha de S. Paulo", escrevendo, de 1987 a 2000, a coluna "Tio Dave". Nas inúmeras viagens que fez pelo país em colaborações para veículos americanos e europeus, o fotógrafo produziu um dos mais significativos retratos do Brasil dos anos 1970 a 1990, em registros de tipos populares, da construção de Brasília e retratos de personalidades e músicos da MPB, uma de suas paixões, como João Gilberto, Os Novos Baianos, Chico Buarque, Pixinguinha, Leila Diniz, Elke Maravilha, Vinicius de Moraes e Juscelino Kubitschek.

David Drew Zingg morreu no dia 28 de julho de 2000, em São Paulo. Seu acervo, composto por mais de 150 mil imagens fotográficas, documentos e objetos pessoais, passou a integrar o acervo do Instituto Moreira Salles em 2012, por meio de comodato realizado com seus descendentes.

Serviço

David Zingg no Notícias Populares
Quando: 27 de setembro a 4 de novembro (terças a sábados, das 12h às 20h; domingos e feriados, das 11h às 19h)
Onde: Museu da Imagem e do Som (Avenida Europa, 158, Jardim Europa)
Quanto: R$ 6 (inteira) e R$ 3 (meia) – entrada gratuita às terças
Mais informações: (11) 2117 4777 e www.mis-sp.org.br

Classificação: 14 anos